O que acontece quando uma lesão não é curada?

por / sexta-feira, 06 novembro 2020 / Publicado emMedicina Esportiva, Ortopedia
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A lesão é um acometimento indesejável na vida do atleta, seja ela profissional, amador ou recreativo. Danos em músculos, articulações, ligamentos, tendões, fraturas ósseas, acontecem em todos os níveis do esporte Elas podem ser causadas pelo uso excessivo, pelo alongamento excessivo, por movimentos mal executados ou por um esforço incomum repentino naquela parte do corpo. As lesões são dolorosas e debilitantes e podem impedir o atleta de competir por algum tempo.

Qual a hora certa para retornar ao esporte após uma lesão?
Essa é a primeira pergunta que todo atleta faz, mas não deveria. Primeira preocupação é avaliar o grau da lesão, isso que vai prever o tempo necessário para completa cicatrização e retorno às atividades. É preciso considerar que no período de total afastamento ou diminuição da intensidade dos treinos, o atleta perde condicionamento físico e controle neuromuscular, situação que também deve ser acompanhada gradativamente juntamente com a lesão em questão.
O fim da dor não é um único parâmetro a ser avaliado no retorno ao esporte. Muitos atletas retornam assim que param de sentir os sintomas dolorosos, sem avaliar a evolução da cicatrização de lesão. Nesses casos, é grande o risco dessas lesões voltarem a ocorrer, talvez com mais gravidade, ou de surgirem novas lesões relacionadas. Um ciclo que prossegue, com agravamento da dor, uso constante de anti-inflamatórios, em casos mais graves, como último recurso, a cirurgia.
O retorno ao esporte deve ser bem planejado e acompanhando. Além das terapias convencionais, atletas lesionados podem se beneficiar de alguns procedimentos intervencionistas, que geralmente são indicados para aqueles que possuem contra- indicação a procedimentos invasivos e que não melhoraram pela reabilitação tradicional. O ideal é procurar orientação de uma Médico Especialista em Dor.
Prevenção é fundamental
Embora algumas medidas sejam válidas para qualquer atleta, de qualquer idade, em qualquer modalidade, como a prática orientada e o fortalecimento muscular, o programa de prevenção de lesões deve ser individualizado. Não dá para comparar um protocolo de um jogador sênior de final de semana, com um jovem profissional do mesmo esporte. Alguns fatores devem ser levados em consideração como, o nível de competitividade, histórico individual de lesões, preparação física e carga de treino.
Em atletas profissionais, esse monitoramento é feito com frequência através de diversos métodos de avaliação física, como protocolos específicos para fadiga, monitoramento da frequência cardíaca e outros exames de rotina. No caso de atletas recreativos, o monitoramento tende a ser menos rígido, mas não desnecessário. Uma simples consulta e avaliação com um especialista, podem indicar uma carga adequada de treinamento, que diminuem consideravelmente o risco de lesões.

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