Os Mitos do Joanete
Hálux valgo é o nome científico do joanete, menos comumente encontramos como hálux abduto ou bunion.
joanaete
Introdução:
É a alteração óssea mais comum do pé do adulto.
O joanete não é um osso que cresceu ou que surgiu, e sim um desvio do primeiro metatarsiano (osso do dedão) e consequentemente das falanges que se expressa como uma saliência na região de dentro do pé.
Quais são as causas do joanete?
1: Genética: História familiar, ou seja, ter alguém na família com a deformidade.
2: Mecânica: Uso de calçados inadequados,principalmente salto alto e bico fino.E sobrecarga.( sim a corrida com sapato apertado pode causar uma força mecânica que favorece a deformidade)
Não quero operar existe algo a fazer?
A primeira coisa a saber é que o sapato deve ser feito para caber o pé não, o pé para caber no sapato. Portanto primeiramente deve ser considerada as modificações do calçado:
1 – Escolha o modelo que mais lhe agrada considerando que ele deve ter a ponta larga; “quadrados” ou “redondos”, que dão maior estabilidade à marcha, evitando quedas
2 – Se for de salto, não ultrapassar três centímetros. Dê preferência aos tipos “Anabela”, pois distribuem melhor a pressão.
3 – Nos tênis: dê espaço entre a ponta dos dedos e a frente , isso é preciso para que eles se desprendam do solo durante a marcha ou corrida;
4 – Troque os calçados diariamente, evitando atrito num ponto único na pele (bunion);
5 – Não acredite que o sapato irá lacear com o uso; ele deve estar confortável já na hora da compra.
Os pacientes costumam perguntar sobre o uso de órteses ou splints joanete. Não há evidências de que estes possam melhorar um hálux valgo estabelecidos, as provas que talas podem impedir um joanete progredir é inconclusivo.
Como é a cirurgia para correção atualmente?
A cirurgia para correção do joanete sofreu várias inovações nos últimos anos. As técnicas mais modernas, além de serem muito mais eficazes, dispensam o uso de gesso o que facilita a reabilitação pós-operatória e queixa de dor é mínima já que a anestesia utilizada além de minimizar as complicações, promove uma analgesia muito mais prolongada no período pós-operatório.
O procedimento exige alguns cuidados e o uso de calçado fechado só é permitido após 40 dias de cirurgia. Neste intervalo o paciente deambula com um calçado apropriado que proporciona o apoio somente no calcanhar. Pode ser usado a sandália de Baruk (pós operatória) ou o robofoot.
Pode acontecer da deformidade voltar?
As chances de insucesso no tratamento do joanete são muito pequenas, desde que a cirurgia seja corretamente indicada, não haja complicações e as recomendações sejam estritamente seguidas pelo paciente. Principalmente referente ao uso de calçados.
Que cuidados eu devo ter após a cirurgia?
As maiorias dos pacientes submetidos à correção do joanete pelas técnicas atuais desfrutam dos avanços da cirurgia moderna dispensando o uso de gesso e estando liberados para apoiar o calcâneo no dia seguinte à cirurgia.
Cuidados são fundamentais:
1. Não deixe de seguir estritamente as recomendações do seu médico.
2. A liberação para caminhar após a cirurgia, envolve o indispensável (comer, ir no banheiro,etc..). Evite caminhadas desnecessárias. Elas aumentam o inchaço, provocam dor e retardam a recuperação.
3. Esforços exagerados no período pós-operatório, incluindo caminhadas desnecessárias, podem colocar em risco o resultado da cirurgia pela perda da correção obtida durante a cirurgia.
4. Não deixe de realizar todas as consultas pós-operatórias para assegurar uma reabilitação adequada.
5. Há possibilidade de haver dor e edema residual por um período de até um ano após a cirurgia, a depender da natureza de cada um.
Médico Ortopedista – Traumatologista com formação e especialização em ortopedia e traumatologia nos Hospitais Dr. Mario Gatti e Hosp. Vera Cruz, durante sua formação e especialização fez também estágio no Hospital da AACD (Associção de Assistência a Criança Deficiente) na cidade de São Paulo.
-Membro da SBOT (Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia)
-Membro da SBRATE (Sociedade Brasileira de Artroscopia e Traumatologia do Esporte)
-Membro do Grupo de Estudo do Joelho de Campinas
-Membro da SBTOC (Sociedade Brasileira de Terapia por Ondas de Choque – Clinica da Dor)
-Sempre buscando atualizações em congressos nacionais e internacionais como ISAKOS (International Society Of Arthroscopy Knee Surgery & Orthopaedic Sports Medicine), XXVI Congresso Brasileiro de Medicina do Exercício e do Esporte, XXIV Congresso Brasileiro de Medicina do Exercício e Esporte e XI Congreso Sudamericano de Medicina Del Deporte, Congresso Brasileiro de Cirurgia
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