Volume de treinos exagerado e falta de preparo podem causar tendinite

por / quarta-feira, 26 novembro 2014 / Publicado emMatérias, Medicina Esportiva, Ondas de Choque, Ortopedia
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Volume de treinos exagerado e falta de preparo podem causar tendinite. Uma vez lesionados, tendões têm a capacidade de cicatrizar, mas risco de novo problema aumenta.

As lesões traumáticas dos tendões etendinopatias causadas por esforço repetitivo do esporte, principalmente na corrida de rua, são um problema crescente em medicina esportiva. A falta de acompanhamento do esportista por um treinador, a falta de preparo físico e, principalmente, os aumentos súbitos no volume dos treinos podem contribuir para a tendinite.

Especificamente para a tendinite de Aquiles, duas “falhas” podem agravar o problema. A primeira delas é a sola do tênis muito dura. A segunda é o modelo de tênis com acolchoamento excessivo no calcanhar.
Uma vez lesionados, a maioria dos tendões têm a capacidade de cicatrizar, mas o tecido de reparação é funcionalmente inferior ao tendão normal, o que leva a um aumento do risco de nova lesão.
São diversos os fatores que podem fazer com que uma tendinite se torne crônica: a falta de descanso adequado na planilha de treinos e a vascularização pobre de alguns tendões, como o tendão supraespinal do ombro e o tendão de Aquiles, principais afetados.
O tratamento tradicional para qualquer tendinite baseia-se na fisioterapia, com recursos analgésicos e fortalecimento muscular. Recentemente, um novo protocolo avançado direcionado ao tendão patelar tornou-se mais popular, também chamado de fisioterapia excêntrica, composto por exercícios de contração contra resistência, muitas vezes vigorosos.
Outra alternativa é a terapia de ondas de choque (TOC) ode ser usado para tratar uma grande variedade de alterações músculo-esqueléticas, principalmente as que envolvem as inserções tendíneas nos ossos, como no ombro (Síndrome do Manguito Rotador), no cotovelo (Epicondilite Lateral), no quadril e no joelho (Tendinites).

Estudos recentes têm mostrado grande eficácia na aplicação de plasma rico em plaquetas(PRP), extraído do próprio sangue do paciente, pois levaram ao alívio dos sintomas e rápido retorno ao esporte, prolongando-se por até um ano.

Estes estudos, no entanto, não provaram que o PRP seja um fator de modificação da doença, ou seja, não se provou que consiga curar lesão tendínea. Mas, sem duvida, torna-se uma ferramenta importante no alívio de sintomas para que haja progressão, reabilitação e pode, em muitos casos, prevenir uma intervenção cirúrgica.

Os resultados promissores da ação da infiltração tendínea do PRP têm encorajado pesquisadores do mundo todo. Estudos futuros determinarão em breve o efeito biológico do PRP na formação de tecido tendíneo.

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