8 Lesões que todo atleta precisa conhecer

por / sexta-feira, 11 novembro 2016 / Publicado emJoelho, Matérias, Medicina Esportiva, Ortopedia
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1. Fratura por estresse
Esse é o sinal de que você ultrapassou seus limites fisiológicos.
Quem pratica triátlon, corrida de montanha, maratona e demais esportes tem mais chances de desenvolver a fratura por estresse (ou stress). Essas atividades acabam exigindo demais do atleta e principalmente do joelho e perna, favorecendo o surgimento de lesões.
Esta lesão ocorre quando o indivíduo ultrapassa os seus limites fisiológicos. Isso acontece devido ao esforço excessivo do músculo, falta de absorção de impactos, e quando os músculos estão fadigados acabam transferindo toda a sobrecarga do stress para o osso.
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Geralmente, essa fratura acomete os membros inferiores como ossos do pé, tíbia, fíbula e nos casos mais raros no fêmur.
As principais causas são a mudança brusca de treinos sem o tempo necessário para que o atleta se adapte ao exercício, indivíduos com excessiva pronação do pé, calçado de corrida sem amortecimento, tipo de pisada e fatores hormonais.
O atleta pode desconfiar da fratura quando sentir alguns sintomas como dor no membro acometido, dor ao pisar, enfraquecimento da musculatura.
O diagnóstico é feito por meio do raio X, exames de ressonância magnética ou cintilografia. Com esses exames, é possível identificar a fratura na sua fase inicial.

2. Bursite Trocantérica
A Bursite é um processo inflamatório que ocorre em uma bolsa (bursa) que tem função de diminuir o atrito entre os ossos e tendões. Na lateral do quadril, próxima ao trocanter encontra-se a bursa trocantérica que pode inflamar e causar um desconforto na hora de praticar atividades como corrida ou ao subir escadas.
Geralmente, a inflamação pode atingir outras estruturas, como tendões, músculos e fáscias. Ela ocorre por atrito excessivo ocasionado por diminuição de flexibilidade, fraqueza muscular, disfunções biomecânicas ou até mesmo traumas diretos.
Esse atrito pode ser devido ao desalinhamento da coxa durante a corrida provocada pela fraqueza muscular ou falta de controle do músculo glúteo médio (lateral do quadril) e máximo.

3. Síndrome do corredor – Síndrome do Trato Iliotibial (STIT)
Conforme a frequência da atividade física aumenta, os atletas corredores e ciclistas correm um risco de maior de sofrer com a Síndrome do corredor que é caracterizada pela Síndrome do Trato Iliotibial (STIT).
O Trato iliotibial (TIT) é uma banda de tecido fibroso encontrada na parte lateral da coxa que se estende até a tíbia. A síndrome costuma ocorrer durante a prática de atividades esportivas. Na hora do exercício pode ocorrer uma fricção excessiva da banda de tecido fibroso sobre o epicôndilo lateral do fêmur, principalmente quando há desarranjos biomecânicos e encurtamento muscular gerando dor e inflamação na região lateral do joelho.

O atleta pode desconfiar da síndrome quando sentir hipersensibilidade na região lateral do fêmur, próximo ao joelho e dor em queimação quando a região é palpada associando flexão e extensão do joelho. Essa dor pode ter início após o atleta percorrer longas distâncias e se intensificar, até que seja impedido de correr. Para identificar a lesão, testes irritativos e de flexibilidade muscular se fazem necessários.

4. Tendinite no quadril
A tendinite no quadril é consequência do aumento da carga de exercício e excesso de atrito do tendão contra proeminências ósseas. Pacientes com alterações biomecânicas como “valgo dinâmico” têm mais propensão ao surgimento de tendinites.
É possível desconfiar de tendinite no quadril quando ao se movimentar sentir dor. Em casos de ruptura dos tendões glúteos, a dor é intensa e tem longa duração.
A tendinite no quadril pode acometer os corredores de longa distância impedindo muitas vezes o atleta competir em provas de alta intensidade, principalmente se tiver subidas.
O diagnóstico é feito através do exame físico que analisa a dor, sensibilidade e perda da função. Exames como ressonância nuclear magnética e ultrassom do quadril podem ser solicitados pelo médico.

5. Tendinite do corredor (tendinopatia)
É só começar o aquecimento para o treino de corrida e o joelho começa a dar sinais de dor? Este desconforto está te impedindo de realizar a atividade ou participar de uma prova? Uma das causas pode ser a tendinopatia ou tendinite do corredor! A tendinite é caracterizada pela inflamação no tendão – tecido que liga o músculo ao osso.
A tendinite muitas vezes é consequência do excesso de uso desta estrutura, que aos poucos perde elasticidade. É possível desconfiar da tendinite ao notar inchaço no local, dor localizada no tendão lesionado e sensação de queimação que irradia. No dia a dia ao fazer atividades diárias como subir e descer escadas, usar salto alto, permanecer muito tempo sentado ou com a perna cruzada pode intensificar os sintomas da tendinite.
O diagnóstico deve ser feito por um clínico ou especialista. Alguns exames como ultrassonografia ou ressonância magnética podem ser solicitados para avaliar o membro afetado.

6. Condromalácia patelar
O joelho é uma articulação que corre um risco maior de sofrer com sobrecarga, principalmente por conta dos movimentos de repetição. Dependendo do esforço, o atleta pode apresentar dor e inchaço desencadeado pela Condromalacia patelar. Além disso, outros fatores como desequilíbrio muscular e biomecânico, atividades de alto impacto também podem provocar o amolecimento da cartilagem.
A mulher pode sofrer um desgaste maior da cartilagem da patela por conta do alinhamento dos membros inferiores. A condromalácia é uma patologia que pode levar anos para se manifestar. A sua causa está associada ao atrito da patela e o fêmur durante o movimento de dobrar e esticar do joelho.
O principal sintoma da condromalácia é dor na face anterior do joelho que tende piorar quando é feito algum movimento. É comum os atletas se queixarem de dores ao subir ou descer escadas.
O diagnóstico deve ser feito por meio de exames como teste de raspagem ou compressão patelar, acompanhada de uma avaliação biomecânica. O médico também solicitar a ressonância nuclear magnética para confirmar a lesão.

7. Síndrome do atrito da banda iliotibial
Uma dor na lateral do joelho pode ser um sinal de síndrome do atrito da banda iliotibial. Quem sofre com esse tipo de dor são os praticantes de corrida de rua devido ao esforço repetitivo. Isso ocorre quando o corredor flexiona e estende o joelho, a parte inferior da banda passa por cima do côndilo femoral lateral causando um atrito entre essas duas estruturas.
Alguns fatores podem contribuir para o encurtamento da banda, dentre eles: diferença de comprimento entre as pernas; correr em superfície inclinada, calçados inapropriados, músculos tensos no quadril e desalinhamento dos membros inferiores. O sintoma mais comum é dor na região lateral do joelho que pode surgir durante a corrida. A dor pode ter uma piora progressivamente causando limitação. Após alguns minutos de descanso, a dor desaparece, mas logo reaparece.
Para identificar a dor, o médico pode solicitar alguns exames clínicos e testes, como compreensão local do epicôndilo lateral para provocar a dor, palpitação do epicôndilo lateral durante o movimento de flexão passiva do joelho, teste de Ober positivo.

8. Síndrome do impacto no quadril (impacto femorocetabular)
É comum o corredor sentir dor na virilha após um treino mais forte ou uma prova. Porém, se o incômodo for recorrente, o atleta deve ficar atento, pois isso pode ser sinal de um problema mais grave: a síndrome do impacto no quadril ou impacto femoroacetabular.

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